segunda-feira, 27 de junho de 2016

O mundo começa na cabeça e o Galo Barnabé vai ao balé


 Em muitos países africanos, trançar os cabelos ou fazer penteados é uma arte muito antiga, ensinada de geração em geração. Cada região do continente tem seu estilo e os penteados, geralmente, indicam o status, idade ou etnia do indivíduo. Em O mundo começa na cabeça, sem se ater aos códigos sociais, trata dessa arte singular e interessante, sob um olhar poético e lúdico. Na família de Minosse, desde cedo as meninas aprendem a tradição: na hora do banho, as mulheres fazem esculturas com o cabelo, porque para elas "o cabelo feminino é como a raiz da árvore, o lugar onde tudo começa". Para Minosse, essa arte de tecer os fios dá passagem para falar de um mundo mais vasto e intenso. Um mundo de histórias que falam da origem de tudo, em um tempo em que o pensamento começa e acaba na cabeça. A história nos faz pensar nos cabelos crespos, lisos e também nas cabeças peladas. Se tudo começa na cabeça, cada cabeça é uma voz a dizer todo o universo.
Ana Carolina não conseguia parar de dançar, por isso, decidiu entrar para o balé. Um dia, de tanto rodar, acabou caindo e ganhando um belo de um galo, mas não um galo qualquer era o galo Barnabé ele passou a ir em todos os lugares com Ana e Barnabé foi eleito o coreógrafo da turma. Entre ensaios e cortejos à Madame Rococó, o galo insiste em “fazer festa na testa” de Ana Carolina, o que leva a professora a não querer mais que a menina dance todos ficaram muitos tristes e ninguém queria dançar.
São histórias de gostos, de raça, de tradições, costumes, liberdade. Duas belíssimas meninas negras que nos livros não diz em nenhum momento, mas por que? porque não se tem nenhuma necessidade de expor a etnia negra das duas nos livros infanto juvenil quando se tem um personagem branco, não se destaca que é branco.



Juscineide Viana, 
aluna do curso de extensão LIJ 
e discente do Curso de Letras

A Menina dos Livros e O cabelo de Cora





A leitura pode contribuir de forma significativa numa sociedade letrada, no exercício da cidadania e no desenvolvimento intelectual da criança. Para tal, é preciso que o livro infantil seja agradável aos olhos e possua um texto que seja encantador, estimulando o imaginário infantil.

O livro, A Menina dos Livros, de G. Aguiar, conta a historia de uma menina leitora, que adorava escrever e tinha o sonho de ser escritora. Ela vivia correndo de um lado para o outro, sempre carregando livros. Sonhava com personagens de contos de fadas durante a noite, e sempre contava histórias criativas para as pessoas que faziam parte do seu convívio, tanto da sua família, quanto os seus colegas de escola.


Já o livro, O cabelo de Cora, de Ana Zarco Câmara, relata a historia de Cora, que é uma menina como as outras, que adora ir à escola e é bastante orgulhosa do seu cabelo. Ele não é liso como o das outras meninas. É crespo como o de sua Tia Vilma e sua avó. Mas talvez o cabelo de Cora não pareça tão belo para suas colegas e ela pode precisar de um empurrãozinho para aprender a amá-lo de novo e a dizer para todo mundo o quanto ele é bonito do jeito que é. Cora descobre que o seu cabelo é sua marca.
Ambos os livros são ilustrados com personagens negras, uma tem o sonho de se tornar escritora, e a outra que sofre preconceito pelo seu cabelo afro. Cora ouve os conselhos de sua tia e descobre que o seu cabelo é a sua marca, herdado de outras gerações, e acaba precisando de um empurrãozinho para aprender a ama-lo e aceita-lo como é, percebendo quanto é bonito. Já a Menina Leitora, desde cedo sempre amou os livros e sempre procurou ler e reler, aumentando assim o seu desejo de ser escritora, criando histórias, ilustrando-as, para assim contar e compartilhar com as lavadeiras, amigas, colegas de escola e a sua família. Diferente de Cora que por um instante se sente abatida, a Menina Leitora foca no seu sonho de ser escritora e não se deixa desanimar.
No caso de Cora, que o assunto é a aparência, uma opinião inocente pode virar uma crítica implacável como só as crianças sabem fazer. Um simples penteado fora do padrão podem causar problemas se a criança não possuir a autoestima de Cora.
A literatura infantil é uma arte, e como arte, deve ser apreciada e corresponder inteiramente à intimidade da criança. A criança tem um apetite ávido pelo bonito, o belo e encontra na literatura infantil bem ilustrada o alimento para os seus anseios, alimento este que sacia o seu próprio interesse. A literatura nutre a criança, não é apenas um passatempo.
Os dois livros são bastante motivadores, um incentiva a leitura e o outro há nos aceitar como somos. Assim, fica evidente que com estes livros, os professores poderão explorar contos de fadas, gêneros textuais, produção de texto, dentre outros conteúdos.



 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS – CAMPUS XXIII- SEABRA
LETRAS – LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS
LITERATURA INFANTO JUVENIL
PROFESSOR: RENATA NASCIMENTO
ALUNO(A): LUANA DE OLIVEIRA






A Rainha da Bateria e Lulu Adora Histórias



VILA, Martinho da. A Rainha da Bateria. São Paulo: Lazuli Editora, 2009.
MCQUINN, Anna. Lulu Adora Histórias. Rio de Janeiro: Pallas Editora, 2014.

Adelson Oliveira Mendes[1]
Renata Nascimento[2]


Compreender o significado de família, desde seu processo inicial, no que leva-se aos estudos bíblicos até aos estudos críticos, tanto dos mais antigos até aos modernos. Compreender, por exemplo, o papel feminino dentro desse contexto de família desde a Segunda Guerra Mundial, é socializar de acordo o que a doutrina familiar contemporânea exige, os diversos âmbitos que a mulher, independentemente de cor, etnia etc, pode exercer sem diferenciar pequenas entre as grandes responsabilidades. Na família contemporânea, lembrando que tenha filhos ou não o casal, cada vez mais o papel da mulher e do homem vem-se confundindo, até porque essa distinção entre função de homem e função de mulher não deveria existir desde os surgimento das sociedades e não deve existir em plena sociedade revolucionária.
Para coadunar-se a esses pontos e à perspectiva de desenvolvimento para campos maiores, toma-se aqui dois exemplos da nova formação das mentes críticas da sociedade, através da Literatura Infanto-Juvenil, onde tudo se é formado, o trabalho de Martinho da Vila, em sua obra A Rainha da Bateria (2009) e a de Anna McQuinn, Lulu Adora Histórias (2014). Os dois autores colocam assuntos distintos em seus trabalhos, porém, relatam semelhanças e diferenças na realidade do papel feminino, desde a infância até a adolescência e que perpetuam-se à vida.
Lulu Adora Histórias de Anna McQuinn menciona o hábito do pai e da mãe da personagem Lulu em ler e logo podemos deduzir que procura colocá-la dentro dessa cultura, fazendo assim que a pequena Lulu tenha contato com as mais variadas formas de sonhar: “aos sábados, o pai de Lulu a leva à biblioteca/ no domingo à noite, Lulu e sua mãe leem a história seguinte” (McQuinn, 2014). Vejamos aqui a busca por uma formação de diversidade, colocar uma criança de cor de pele negra, sabido pelo pai das desigualdades, tanto no papel feminino quanto a sua imagem, ao contato de imaginação, formando assim um ser que não diferenciará as funções, é educar no sentido de não separar. Em A Rainha da Bateria, Martinho da Vila traz uma ideia oposta à de McQuinn, uma jovem que perde o pai muito sedo, não explicitado o motivo de tal morte pelo autor, e que diante a reação de sua mãe, a personagem D. Luzia quando após a morte de seu esposo, pai da jovem personagem Maria Luisa, interpretamos não ter sido algo muito favorável: “um dia o pai, que já estava velhinho, morreu e ela ficou muito triste. Sua mãe, bem mais jovem, ficou inconsolável e nunca mais sorriu” (VILA, 2009). Seja lá qual tenha sido motivo da morte do pai de Maria Luisa, a mãe da jovem não a permitia sair à divertir. Tinha ainda na personagem D. Luiza um preconceito além do samba, sua imagem enquanto uma família que reside em uma comunidade, uma cidadã que não se permitia enquanto a seu espaço e sua condição: “mãe, me leva lá na quadra? Não. Lá não é lugar para você! Por que mãe? Vejo sempre crianças indo para lá. É meninada de morro, filhos de gente que não presta” (VILA, 2009).
Nota-se aqui a diferença na forma de orientação e contato das duas personagens com a diversidade cultural, a personagem Lulu tem a orientação e participação de seus pais em sua caminhada, ao contrário da jovem Maria Luisa, que decide experimentar o novo sozinha, com sua ânsia de conhecimento e contra sua mãe. A semelhança entre as duas obras reside no contato com a diversidade, a personagem Lulu através dos livros e a personagem Maria Luisa através da música.
A diferença entre os hábitos traz uma certa desigualdade entre as práticas das duas personagens. Os pais de Lulu apresentava-lhe as viagens fantásticas, lugares exóticos, tem experiências para desenvolver as habilidades, como construção etc, imagina ostentando um sapato, “o que Lulu será amanhã?” (McQuinn, 2014). Tais pontos será de grande proveito para o desenvolvimento da criança, porém, alguns pontos não devam acompanhar tais pretensões, por exemplo, o incentivo ao consumismo. A personagem Maria Luisa, é vista pela sua mãe como uma pessoa de mau gostos, comparando aos hábitos de Lulu, pois samba aos pensamentos de D. Luiza é algo inútil, tanto é que não gosta que sua filha faça parte de tal meio: “a mãe entrou na quadra, encontrou a filha sambando e tirou Maria do samba” (VILA, 2009).
Estimular a vontade de conhecimento é sempre favorável a qualquer pessoa. É notável também a diferença de sociedade em que cada uma das personagens vivem, a personagem Lulu teve o desenvolvimento da imaginação desde cedo, algo que segundo Martinho da Vila, Maria Luisa também era muito estudiosa: “estudiosa, com dezessete anos entrou na Faculdade de comunicação para ser jornalista” (VILLA, 2009). Quebrando assim a ideia de que todo “favelado” não tem acesso à educação, colocando a personagem Maria Luisa como uma revolucionária, que além de vencer a barreira de preconceito de sua mãe: “é que dona Luiza perdeu o preconceito, começou a gostar de samba e retomou a alegria de viver” (VILA, 2009). Maria Luisa prova que o motivo de pertencer a uma sociedade que a muito despreza as comunidades, atribuindo termos pejorativos com grande ponto de negatividade, considerando que pessoas, centralizando-se no papel feminino onde as mulheres deve se sujeitar a funções ridículas e contribuir para o reforço do estereotipo já internalizado pela sociedade, não tem futuro, restando apenas o mundo dos vícios ilícitos, não a desmoralizou em perpassar a cultura sambista e ainda revolucionar o papel dentro dessa prática, qual a função de rainha é representada pouquíssimas vezes por personalidades negras: “e Maria Luisa, sambando com muita graça, encantou os batedores. Foi aclamada: Rainha! Rainha! Rainha!” (VILA, 2009).
Tanto em Lulu Adora Histórias quanto em à A Rainha da Bateria, representa os laços de desigualdades na classe social. A personagem Lulu é apresentada a um mundo idealizado pelos seus pais, sendo posta no mundo da xenofilia, quando: “durante toda a segunda-feira, Lulu leva seus amigos a viagens fantásticas e lugares exóticos como Paris e Luanda” (McQuinn, 2014). Uma criança que aprenderá a valorizar o que é de fora e menosprezar a sua própria raiz cultural, um ponto aqui totalmente discrepante no trabalho de McQuinn. Ao contrário da personagem Maria Luisa, que procura primeiro se reconhecer em sua cultura local antes de ter contato com a diversidade, no centro universitário, como já mencionado sua entrada no mundo das comunicações jornalísticas.
Toda essas histórias contribuem como citado no início, para desconstrução do conceito de família que muitos ainda possuem, tornando o entendimento possível de que mulher, negra, também pode e poderá sempre assumir responsabilidade, como internalizado pela maioria da população e pelas grandes mídias, para além de dona de casa e mentora do desenvolvimento dos filhos. Os papeis de homem e mulher já não se vinculam mais à identidade sexual e sim à condição humana e suas circunstâncias. Atribuir à mulher o papel de cuidar do lar e ao homem o de prover o sustento da família não só é um modelo arcaico que remonta às origens do processo civilizatório como soa hoje em dia um estereotipo ridículo.




[1] Graduando em Licenciatura em Letras: Língua Inglesa e Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia e Bolsista do programa de Iniciação Cientifica – PIBIC/UNEB.
[2] Professora Doutora da Universidade do Estado da Bahia e orientadora desse projeto.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

“Gabriela: a princesa do Daomé” e “Ciça e a rainha”

Leitura comparativa dos livros “Gabriela: a princesa do Daomé” e “Ciça e a rainha”




É sabido que por séculos os negros foram submetidos à um processo de segregação e silenciamento dentro do corpo social. O reflexo dessa dinâmica social pode ser também visualizado na literatura, visto que a maioria das obras literárias existentes não trazem a figura do negro, e quando abordam geralmente é de forma estereotipada. Atualmente muitos autores vêm se conscientizando sobre esta problemática de invisibilidade dos negros na literatura.
No livro “Gabriela: a princesa do Daomé”, a autora Marta Rodrigues conta a história de uma menina de grandes olhos pretos e cabelo com muitas trancinhas. Quando está em um ônibus com a mãe e o irmão, a caminho de um teatro de bonecos, Gabriela faz uma nova amiga, uma mulher que está a caminho do trabalho, e conta a ela histórias sobre a sua família. A exemplo como o seu pai, um fotógrafo alemão conheceu a sua mãe.



Em “Ciça e a rainha”, a autora apresenta a história de uma menina filha de colhedores de café, boias-frias, que perdeu uma perna em um acidente de caminhão quando trabalhava colhendo café. Em seguida Ciça perde a mãe e acaba sendo levada para um abrigo de meninas, onde ela terá a chance de retomar seus estudos. Nesse abrigo, a menina conhece a rainha da Suécia, que pela descrição da autora ela simboliza uma esperança para a menina.
A partir dessas obras, é possível enxergar que as autoras trazem uma proposta divergente das tradicionais. O protagonismo é exercido por duas meninas negras, que têm suas características físicas descritas de forma positiva, natural, sem aparentes marcas de estereótipos. É visível que os dois livros trazem muitas similaridades, as histórias abordam desafios da realidade em paralelo a fantasia sempre presente nas obras infantis e infanto-juvenis. No entanto, outro ponto em comum mas passível de questionamentos nas obras em questão é o heroísmo atribuído aos personagens brancos e europeus.
Por todos os aspectos analisados, avalia-se que a proposta das duas autoras e dos ilustradores é fundamental no processo de visibilidade dos negros no espaço literário, dar voz a meninas negras é um ato de subversão aos diversos padrões preconceituosos e reducionistas enraizados na sociedade. No entanto, é importante que obras como estas passem por um processo de naturalização, para que as mesmas não se tornem um recorte somente de um grupo social, ou permaneçam indiretamente reproduzindo preconceitos. É importante que os autores de livros infantis busquem abordar a realidade e seus problemas, mas de forma com que não perca a fantasia, é importante compreender que a literatura pode ser uma ferramenta para desconstrução de preconceitos, por isso a mesma deve abrir espaço para representações de todos os grupos étnicos, para que assim a diversidade pode ser naturalizada.






Universidade do Estado da Bahia
Discente:  Talita Francisca Alves de Souza Silva
Curso de Extensão: Literatura Infanto-juvenil

Docente: Renata Nascimento

quarta-feira, 15 de junho de 2016

O QUE TEM NA PANELA, JAMELA? E CADÊ VOCÊ, JAMELA?




Derlane Nascimento de Oliveira
 Aluna do curso de extensão 
LIJ e discente do curso de Letras





      O escritor, ilustrador, professor, músico e designer gráfico Niki Daly, natural da cidade do Cabo, África do Sul; é autor de grandes obras, entre elas “O que tem na panela, Jamela?” e “Cadê você, Jamela?”, que são livros da categoria infanto-juvenil e foram traduzidos para o português pelo Luciano Machado.
      Tais livros tem como personagem principal uma menina de 6 anos chamada Jamela, que vivia num subúrbio de uma grande cidade Sul-africana. Na obra “Oque tem na panela, Jamela?” gira em torno de uma galinha que a mãe de Jamela comprara para a ceia natalina, porém  a garotinha Jamela cria grande afeto pela ave e acaba por não deixar sua Mama dar um fim a galinha, pois a mesma se tornara sua grande amiga de Jamela e ela o faria de tudo para proteger sua companheira, que não poderia de forma alguma tornar alimento. Já a outra história “Cadê você Jamela?” gira em torno da mudança de Jamela e sua família para outro bairro por conta do novo emprego que sua mãe arrumara. No entanto Jamela não fica nenhum pouco satisfeita  com tal mudança, pois ela tinha enorme carinho pela sua antiga casa e seu antigo bairro, onde vivera momentos incríveis.
     Ambas as histórias são bem-humoradas, onde a menina Jamela encontra diversos meios de sair de situações que acontecem no decorrer da história. Também é notado que as duas histórias em que Jamela protagoniza se passam no mesmo bairro, com as mesmas pessoas, que são próximas de sua família e presenciam suas aventuras.
    Jamela é uma menina imperativa, carinhosa com a família e tem um enorme afeto pela sua galinha de estimação, que ela mesma nomeou de Natal e tem uma relação de amizade com a vizinhança, levando a crer que ela é uma menina querida por todos. Nessas duas histórias infanto-juvenis do Niki Daly podem ser destacadas  esses pontos citados, principalmente por Jamela ser uma menina negra, e toda sua família, como o restante das personagens também são, porém não foi citado no decorrer da história, diferente de muitas outras, ela simplesmente está lá, não havendo necessidade de ser destacado o seu tom de pele, como é visto em várias outras obras da categoria.
   Essas histórias são muito educativas, pois além de tratar com naturalidade a etnia negra, nela também são valorizadas as qualidades da garota Jamela, estando em destaque toda a importância do papel delas nessas duas obras, onde em muitas outras só retratam a delicadeza de meninas brancas e excluem a imagem negra, e quando são retratadas é de forma menosprezada , como personagens subalternos.

    Já Niki Daly mostra a imagem negra de uma forma diferente, natural, na qual até as falas das personagens contém palavras de diferentes origens, que enriquecem tais obras e valorizam as diversidades, sendo uma ótima indicação de leitura para as crianças e jovens, onde os leitores também possam se identificar nas aventuras da garotinha Jamela.



DALY, Niki,Cadê você, Jamela ?, edição brasileira 2006,
tradutor Luciano Machado, titulo original Where´s Jamela?

DALY, Niki,O que tem na panela, Jamela ?, edição brasileira 2006,
tradutor Luciano Machado, titulo original What's cooking, Jamela?


terça-feira, 14 de junho de 2016

Uma nova Cinderela


Releitura da personagem feminina no conto clássico “Cinderela”



Cinderela era uma moça pobre que trabalhava como doméstica para se sustentar, a jovem desejava muito ter uma vida diferente, ser rica, e achava que assim seria feliz, pois o meio em que foi criada a fez pensar assim. Esse mesmo meio a fez acreditar que para mudar sua vida, a única chance que a jovem tinha era um casamento, principalmente com um homem rico. Cinderela então via o casamento como a única forma de se realizar pessoalmente e ter uma outra vida. E assim passou a sonhar com o dia em que encontraria seu príncipe encantado que a tornaria uma princesa e assim seriam felizes para sempre.
Uma Nova Cinderela 
Os sonhos de Cinderela tornaram-se reais quando ela conheceu um homem com quem pouco tempo depois se casou. A jovem sentiu-se feliz pois teve a oportunidade de deixar para trás a vida de doméstica, voltando aos estudos e realizando sonhos que ela acreditava que só seriam possíveis depois do casamento com um homem rico.
Mas Cinderela ainda sentia-se incompleta e percebeu que não estava realizada plenamente, como achou que estaria após o casamento. Sentia-se infeliz. Tinha a sensação de que dentro dela existia um sentimento reprimido, o qual ela ainda não sabia descrever e que lhe despertava muitas dúvidas sobre quem era ela e sobre o que ela realmente desejava. Esse mesmo sentimento ela vinha sufocando com a ideia do casamento perfeito que antes acreditava.
Um dia, em uma conversa com suas amigas de faculdade, Cinderela falou sobre este sentimento reprimido, falou sobre sua infelicidade no casamento, suas dúvidas sobre si mesma, seus desejos, e que ela sentia-se atraída por mulheres. Suas amigas a aconselham a se divertir um pouco e a convidam para uma festa. Lá ela conhece muita gente, dentre elas, mulheres, uma, especificamente chama sua atenção. Cinderela já estava decidida e, então, mais do que nunca, resolve se separar do marido e pôr fim ao seu casamento que havia fracassado.
Ela quer viver outros amores, outros sonhos agora só seus. Cinderela sente-se livre e pela primeira vez, sente-se feliz. Depois de algum tempo ela e a jovem que conheceu na festa vão morar juntas e vivem felizes.





Universidade do Estado da Bahia
Discentes: Luana Oliveira e Talita Francisca Alves de Souza Silva
Curso de Extensão: Literatura Infanto-juvenil
Docente: Renata Nascimento


quarta-feira, 8 de junho de 2016

Bambi



Em um lindo dia de primavera a rainha do bosque a veada Perola dá a luz a um lindo veadinho do qual ela da o nome de Bambi. Ela o ensina tudo que ela precisa saber, Bambi cresse secado de amigos entre esses, sua prima há que ele era mas apegado, os dois viviam correndo pelo o bosque.um dia de inverno Bambi e sua prima saem para brincar na neve, sua mãe já preocupada com os dois pois ela sabia dos perigos que tinha essa época por conta dos caçadores. No meio da floresta um barulho estranho, ela desconfiada que poderia ser caçadores correu o mas rápido que pode sempre chamando por Bambi, ao se aproximar percebe que realmente tem caçadores na floresta, Perola se aproxima de Bambi e o chama pra ir embora, no entanto os caçadores perceberam a presencia deles, Bambi assustado tanta andar rápido mas a neve atrapalha, Perola ao ver os caçadores cada ver mas perto começa a correr, mas mesmo assim ele atirarão na direção dos três Bambi e sua prima não entende o porque daquilo mas correm e se escondem dentro de uma toca, porem sua mãe não o ver e o perder d vista, uma dos caçadores ver que eles estão dentro da toca e se aproxima, Perola percebe que Bambi não esta mas apraz dela ela volta desesperada e ao ver o caçador chegando perto da toca ela corre na direção dele e pula em cima dele o caçador cai na neve mas rapidamente se levanta e percebe que a veada tinha conseguido fugir com os outros dois veadinhos. Era a primeira vez que Bambi passava por essa situação, então a rainha sua mãe resolve lhe conta sobre os segredos para além do bosque para um dia ele se tornar o príncipe do bosque Perola lhe ensinou todo, Bambi, cresceu e se tornou um belo veado forte ele não deixava outros veados se aproximar da sua prima, em duelos eles sempre vencia e junto com a sua mãe a rainha do bosque eles lutavam para proteger todos os animas do bosque contra os caçadores a rainha tinha muito orgulho do belo guerreiro que Bambi vinha se tornado.   




Adaptação do clássico Bambi por
Juscineide Viana, discente do curso de 
Letras vernáculas, UNEB - Seabra

Bela sim, Adormecida não!






Em um subúrbio bem distante, vivia uma família, a rainha Walker e rei  Ambimbola.
Eles tinham um sonho de ter uma filha de cor branca com os padrões da bela adormecida.

Meses depois, a rainha Walker sentada na calçada conversando com seu marido em voz alta, pedia a Deus e Yamanjá, que sua filha viesse perfeita.

Ao ouvir todos os pedidos da rainha Walker e do rei Ambimbola, uma vizinha cigana pediu para ler a sua mão. A cigana disse que suas vontades não iam ser realizadas, porém, a princesa Sheron vira com grandes qualidade e entre elas a de determinação.

Ao nascer, Sheron apresenta-se com a pele negra, uma criança encantadora, afetuosa e cada vez mais bela e amorosa com todos.

Sheron era uma criança alegre e que gostava de ajudar o próximo, ela era também obediente a seus pais.

Um dia decide despertar ir contra os pensamentos preconceituosos de seus próprios pais, por serem negros acharam que deveriam viver escondidos do mundo.

Um certo dia Sheron decide conhecer a praia. Ao chegar lá, logo conhece Miguel. Ela encanta-se com a beleza do rapaz.

Logo em seguida ela se apresenta para o jovem:
- Olá, prazer meu nome é Sheron.
Miguel também a cumprimenta:
- Olá Sheron, chamo-me Miguel.

Miguel fica encantado com simpatia da linda princesa.
Eles trocam os números de telefone e marcam de se encontrar, pois ficaram apaixonados. Logo se despedem:
- Até outro momento Sheron.
- Te vejo em breve jovem Miguel.

E continuaram se encontrando na praia...


“QUEM SABE UM DIA DÁ CERTO”.







Adaptação do clássico A bela adormecida por:
Adelson Oliveira, discente do curso de Letras com Inglês, UNEB - Seabra 
Derlane Nascimento, discente do curso de Letras Vernáculas, UNEB - Seabra.