Em
muitos países africanos, trançar os cabelos ou fazer penteados é uma arte muito
antiga, ensinada de geração em geração. Cada região do continente tem seu
estilo e os penteados, geralmente, indicam o status, idade ou etnia do
indivíduo. Em O mundo começa na cabeça, sem se ater aos códigos sociais, trata
dessa arte singular e interessante, sob um olhar poético e lúdico. Na família
de Minosse, desde cedo as meninas aprendem a tradição: na hora do banho, as
mulheres fazem esculturas com o cabelo, porque para elas "o cabelo
feminino é como a raiz da árvore, o lugar onde tudo começa". Para Minosse,
essa arte de tecer os fios dá passagem para falar de um mundo mais vasto e
intenso. Um mundo de histórias que falam da origem de tudo, em um tempo em que
o pensamento começa e acaba na cabeça. A
história nos faz pensar nos cabelos crespos, lisos e também nas cabeças
peladas. Se tudo começa na cabeça, cada cabeça é uma voz a dizer todo o
universo.
Ana Carolina não conseguia parar de dançar, por
isso, decidiu entrar para o balé. Um dia, de tanto rodar, acabou caindo e
ganhando um belo de um galo, mas não um galo qualquer era o galo Barnabé ele
passou a ir em todos os lugares com Ana e Barnabé foi eleito o coreógrafo da
turma. Entre ensaios e cortejos à Madame Rococó, o galo insiste em “fazer festa
na testa” de Ana Carolina, o que leva a professora a não querer mais que a
menina dance todos ficaram muitos tristes e ninguém queria dançar.
São histórias de
gostos, de raça, de tradições, costumes, liberdade. Duas belíssimas meninas
negras que nos livros não diz em nenhum momento, mas por que? porque não se tem
nenhuma necessidade de expor a etnia negra das duas nos livros infanto juvenil quando se tem um personagem branco, não se destaca que é branco.
Juscineide Viana,
aluna do curso de extensão LIJ
e discente do Curso de Letras
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