terça-feira, 16 de agosto de 2016

Super Mamãe à luz da liberdade





Super Mamãe,
Ahhh, inúmeras oportunidades de amizades, sabia fazer amizade com todo mundo. A Super Mamãe tinha muita facilidade de interagir com todos, sem diferenciar: cor, cabelo, corpo, família, olhos e a instrução das outras pessoas.
Sua família é a mais perfeita de todas. Todos nós, da família, somos negros. Desde criancinha sabemos que não somos todos brancos e nem todos negros, os brancos são negros e os negros são brancos, nossa Super Mamãe nos ensinou.
A Super Mamãe, sempre ensinou seus filhos a não serem racistas e preconceituosos. Soube desde sempre respeitar a todos, porém, não tinha conhecimento do racismo e preconceito que acontecia e acontece na realidade.
Em um certo momento, um cidadão veio até ela e disse:
- A senhora é negra, não deve estar aqui.
A Super Mamãe pensou e logo perguntou:
- Porquê não? Você não se auto define negro?
E de fato, o ofensor era negro. Logo, calou-se, nada disse.
 A Super Mamãe sempre teve gosto em alisar seu cabelo black power, muito xenófila [...], até que ao se deparar com sua beleza interna, percebe que deve transparecer os traços de sua etnia. Decide não mais alisar seu precioso cabelo, começa a criticar certos gostos, proposições e determinadas premissas.
A Super Mamãe começa a ter gosto de leitura, como: A Cor Purpura de Alice Walker; Big Black Bang: A Revolução Negra nos Quadrinhos de Super-Heróis; O Menino Marrom; Terra Sonâmbula; O Cabelo de Lelê; sempre estar lendo obras infanto-juvenis, para não ensinar a seu filho mais novo, diferenciar o que é igual.
Um dia, a filha de 18 anos vem até ela e diz:
- Mãe, sou lésbica.
A Super Mamãe mostra-se frágil, não aceita a orientação da filha. Viveu muito tempo sem aceitar a decisão da filha. Como sua família é excelente, houve de seu filho mais velho, muitos conselhos e orientações teóricas e sociais. Seu esposo, também muito inteligente a apoia e ajuda a Super Mamãe a vencer o preconceito.
Ela um dia, diante o espelho, reflete sobre sua transformação enquanto a suas preferências, se ela pode escolher o que seguir, como seguir [...], porquê sua filha não deve ter a mesma oportunidade e assim como a Super Mamãe, ser respeitada em suas escolhas? A Super Mamãe pensou muito sobre isso tudo e logo depois apoiou sua filha, independentemente de orientação sexual.
A Super Mamãe, agora, mais forte, é igual a Mulher Maravilha, da Liga: forte, determinada, linda e inteligente.

Trabalho realizado pelo cursista  Adelson Oliveira Mendes
Discente do curso de Licenciatura em Letras: 
Lingua inglesa e Literaturas. DCHT - Campus XXIII.




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