sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

A PRINCESA E O SAPO

Ana Paula
Maria Rita




O enredo fílmico A princesa e o sapo mostra o oposto dos contos sobre princesas, por um lado trazendo uma ruptura de padrões tradicionais da sociedade em relação ao comportamento da mulher, apresentando a Tiana como protagonista dessa quebra de preceitos, pois além dela ser negra, é uma batalhadora em busca de alcançar seus objetivos, e desde sua infância foi influenciada pelos seus pais a superar obstáculos impostos pela sociedade dominante.  
 Dessa forma, Tiana se relaciona com a figura da mulher atual, que não está à espera do príncipe encantado para si realizar, tanto emocionalmente, quanto economicamente, por isso, ela representa esse processo de transformação da figura feminina perante a sociedade.  Compreendendo aquela mulher mais competente no trabalho, autônoma e competitiva, portanto mesmo ela se tornando uma princesa ao final do filme, ela não se enquadra na figura das princesas tradicionais, pois além de ser negra ela não se submete ao processo de submissão.
 Por outro lado, no enredo fílmico, permanece a figura do patriarcado como exemplo a ser seguido, ver-se Tiana sempre trazendo a imagem do pai como símbolo de sua luta e resistência para chegar ao seu objetivo. Assim como, observa–se a ausência materna na vida de Charlote, permanecendo o pai para fazer suas vontades, assim como ela ver no casamento com um príncipe a realização como mulher, ou seja, sendo marcas presentes do patriarcalismo.
No filme ver-se também a permanecia de Charlote em busca do titulo de princesa, reforçando a concepção da mulher ideal numa sociedade machista, portanto, confirmando o ideário do papel reservado para a mulher, ou seja, a dominada e passiva nas relações de poder, assim fixando os padrões estabelecidos na sociedade. 

Assim conclui-se que o enredo abrange uma temática inovadora de quebras de paradigmas em relação aos contos de princesas tradicionais, trazendo uma mulher negra como protagonista que ao final se torna uma princesa, porem permanece uma resistência em relação de poder. Dentre elas, a cultura do patriarcalismo na sociedade, trazendo a figura paternal como símbolo maior, tanto na vida de Tiana, quanto na vida de charlote.